Por trás das letras

Álbum The Phantom Agony -

 Todas as letras foram escritas pelo Mark, com excessão de Adyta, antes que a Simone entrasse no que antes era o Sahara Dust. No entanto, ela aparece como autora de "Illusive Consensus". A verdade é que ela modificou a letra quase por completo.


1 - Adyta (The Neverending Embrace):
É a introdução do CD. Foi escrita pela Simone. Compartilha o significado das músicas do "The Embrace That Smothers" (o abraço que sufoca); que é sobre a utopia de a humanidade conseguir enxergar que existe apenas um Deus, e, assim, unir todas as religiões em uma só.

2 - Sensorium:
É uma música filosófica que trata de chances (ou seja, escolhas próprias, feitas sem interferência do destino). Mark não acredita que a chance exista, e exprime isso na letra dessa música. Mas mesmo não aceitando a existência de chances, concorda que nossa vontade influencia, e muito. Mesmo não tendo vínculo com chance, nossos atos são de total responsabilidade nossa.
Outro aspecto, é que defende a análise de áreas mínimas da ciência, ao invés de fazer observações muito gerias a esse respeito. Criatividade, segundo Mark, vem a partir de diferentes pontos de vista, conhecimentos e espiritualidade.

3 - Cry For The Moon (The Embrace That Smothers, Part IV):
Essa música é sobre abuso infantil por parte de religiosos. A letra foi escrita em uma época em que o assunto era uma polêmica geral. O contexto da música é que por trás das portas de uma igreja, por muitas vezes existe uma mente doentia escondida. A religião em si é boa, mas as pessoas da sociedade podem corrompê-la.
Na frase "In the garden of Eden, where the apple gets a youthful face" (No jardim do Éden, onde a maçã parece atrativa), Mark tenta exprimir que, segundo a Bíblia, Eva comeu a maça e, assim como ela, esses religiosos também comeram a maça quando abusaram de crianças. A pior parte são as igrejas que tentam esconder os casos pagando os pais das crianças para que eles se calem.

4 - Feint:
Letra muito poética, escrita após o assassinato de Pim Fortyun, um político holandês que tinha ideias diferentes da maioria, entre elas, defesa do direito dos homossexuais. Segundo alguns, Fortyun tinha grande capacidade de governo e se destacava no meio dos outros. Algumas frases podem ser interpretadas com aspecto religioso também.
A primeira estrofe é completamente sobre o político. "As untuched snow turns red, innocence dies" (ao que a neve intocada fica vermelha, a inocência morre) retrata o fim da "inocência" na política holandesa, ao passo que alguém foi morto por causa de suas ideias. "This black page in history is not colourfast, will stain the next. And nothing seems in life, in dreams like what was meant to be." (Esta página negra da história não vai mudar a cor, vai manchar a próxima. E nada na vida ou no sonho é como realmente deveria ser.) Claramente se trata de um assassinato injusto, de alguém que deveria ser apoiado.

5 - Illusive Consensus:
Como já citei, essa música foi escrita pelo Mark e modificada pela Simone. A versão escrita pelo Mark, na época do Sahara Dust, pode ser ouvida aqui.
A letra é sobre basicamente como o amor entre duas pessoas pode ter um fim e, lentamente, se tornar ódio.

6 - Façade Of Reality (The Embrace That Smothers, Part V):
Essa música é sobre o acontecimento de 11 de Setembro, fundamentalismo e religião. Isso tudo está muito ligado quando se trata da religiosidade do oriente médio, onde as pessoas têm em mente que fazem bom uso de sua vida quando morrem por ordem de um líder, sendo um mártir. Esses líderes fazem uso de poder para ganhar mais poder, com a vida dos adeptos em suas mãos.


7 - Run For a Fall:
Foi escrita em um momento em que o Mark ainda não lidava completamente com o término do After Forever. Fala de suas frustrações. Mas hoje em dia isso não é mais do mesmo jeito, e as relações entre os ex-membros do After Forever já foram reestabelecidas.

8 - Seif Al Din (The Embrace That Smothers, Part VI):
De novo, uma música que fala de fundamentalismo, de como o extremismo é ruim em todos os aspectos. Nesse caso, retrata com mais proximidade a religião árabe.

9 - The Phantom Agony:
A última música do álbum é como uma reflexão sobre os sonhos. Às vezes, é difícil dizer se uma lembrança é real ou foi apenas um sonho. Algumas linhas de pensamento defendem que nossa vida é apenas um sonho. Sonhos lúcidos são um modo de se controlar durante um sonho, onde é possível criar seu próprio mundo dento do desconhecido. Essa música também tem uma versão um pouquinho diferente, que foi gravada como Sahara Dust. Aos curiosos!

Álbum Consign To Oblivion -

As letras de Dance Of Fate, Solitary Ground, Blank Infinity, Force Of The Shore, Quietus e Trois Vierges foram escritas por Simone Simons. Todas as outras são de autoria de Mark Jansen.


1 - Hunab K'u (A New Age Dawns, Prologue):
A música foi escolhida entre duas: uma escrita pelo Mark, que era bem parecida com Adyta; e uma escrita pelo Yves, que foi a escolhida no fim. Além de terem gostado muito da Hunab K'u escrita pelo Yves, eles não queriam ser repetitivos.
A letra é sobre a origem e o centro do universo. É o começo da série A New Age Dawns. Mais sobre a simbologia da música pode ser lido aqui.

2 - Dance Of Fate:
Fala de destino, que todos devemos experimentar nosso próprio destino, gostando ou não disso. Algumas pessoas tentam evitá-lo, mas descobrem que até mesmo isso já era parte do seu destino. A letra foi escrita pela Simone, que não acredita em chance, mas ao contrário, acha que seguimos nosso destino. Quando uma pessoa é jovem, acha que tem muito tempo de vida por vir, mas não sabe que o destino pode guardar uma doença terminal de repente para ela. Essas coisas mostram como a vida é frágil.
Simone escreveu a letra com muita facilidade, não deixando mistérios e fazendo dela fácil de ser interpretada. Porém, essa foi a música que mais demorou pra gravar em todo o álbum, por não estar conseguindo sentir o ritmo com perfeição.


3 - The Last Crusade (A New Age Dawns, Part I):
Trata principalmente de um grupo fanático religioso, um grupo que bate à sua porta pretentendo te convencer de suas ideias. Por exemplo, quando alguém te para na rua e começa a conversar, você é forçado a uma discussão quase sempre unilateral. Eles só querem te corverter às crenças deles, os seus argumentos não têm importância. A letra é sobre esse tipo de coisa, visto da perspectiva dos fanáticos. O nome é The Last Crusade porque Mark acredita que esse tipo de comportamento logo terá fim, ao passo que ocorrerá às pessoas que se comportam assim que todas essas religiões não levam a nada, pois no fim, Deus é um só.
Ao compor a música, Mark se preocupou em deixar o refrão mais contagiante, de forma que ficasse na cabeça.

4 - Solitary Ground:

É uma música muito pessoal, onde Simone fala apenas sobre seu desejo de ter um lugar pra se sentir em casa. Viajar com a banda é ótimo, mas ela às vezes desejava não ter mais que fazer as malas.
A música foi editada várias vezes antes de ter resultado satisfatório. Antes das edições, ela era longa e tediosa.

5 - Blank Infinity:

São muitos sentimentos, pensamentos e frustrações mostradas na música. Muitas linhas foram escritas subconcientemente, segundo Simone, e só depois de um tempo foram tomando forma.
De todo o álbum, foi uma das primeiras a ser finalizadas.

6 - Force Of The Shore:
Tem quase todos os elementos do Epica: coros, guturais, vocais limpos, orquestra... É a primeira música realemente pesada do álbum.
É sobre a imagem ideal que é imposta pela sociedade. Tudo é aparêcia; as pessoas se concentram muito nisso e se esquecem do que há por dentro. Também discute sobre pessoas que se escodem sob uma máscara, ou vivem no passsado e se esquecem do presente. O título pode ser entendido com similaridade com a expressão "não julgue o livro pela capa".


7 - Quietus:
A intrudução tem influência em sons irlandeses, por ideia de Yves.
A letra é basicamente sobre as escolhas que devemos fazer na vida, que por vezes são escolhas que nos fazem mais maduros, até perder a inocência. Também sobre o quanto é difícil fazer essas escolhas. E, às vezes, devemos fazer escolhas do qual temos medo de viver as consequências.

8 - Mother Of Light (A New Age Dawns, Part II):
Apesar de ter sido escrita por Mark, é a música que Simone mais se identifica.
Foi escrita inicialmente com intenção de ser usada no álbum Decipher, do After Forever, mas não ficou pronta a tempo e Mark decidiu usá-la mais tarde. Levou de 3 a 4 anos para ser finalizada.
Na fase inicial da música, os versos eram cantandos com gutural, mas quando Simone a ouviu, teve novas ideias para acrescentar aos versos. Então ela cantou o que tinha em mente ao Mark, ele gostou e hoje a música tem muito mais do vocal dela.
Existe até uma cena em que Simone canta de brincadeira uma bridge e Amanda Somerville começa a rir e diz "You saw? Markus is fired!" (Você viu? O Mark tá demitido!).
Tem letras mais pessoais do que todas as outras que Mark já escreveu, por isso ele prefere manter o significado em segredo e livre para interpretações.


9 - Trois Vierges:
É cantada juntamente com Roy Khan (ex-Kamelot). Foi escrita de forma que ficasse bem cantada na voz dele mesmo antes de Roy ter aceito o convite.
Foi escrita para o filme holandês Joyride, que pode ser baixado nesse link, com legendas em inglês. O Joyride tem toda a trilha sonora escrita pelo Epica.
O título tem tudo a ver com o tema central do filme, e a letra pode ser melhor interpretada com a perspectiva do filme.


10 - Another Me "In Lack'ech":
Foi a única música escrita integralmente por Mark. Inicialmente, era pra ser usada como faixa adicional em algum single, mas acabou entrando pro álbum.
É sobre um ditado muito antigo "Não faça aos outros o que não quer que seja feito a você", os maias ainda adicionaram "Porque um dia você será esse outro". O subtítulo da música significa "você é um outro eu".
Quando se faz mal a outro, isso voltará a você tão mal quanto o que foi causado. Mas o mesmo acontece no contrário, faça o bem e receberá o bem.

11 - Consign To Oblivion (A New Age Dawns, Part III):
Inicialmente, era uma música com duração normal, mas alguns fãs mandaram e-mails pro Mark dizendo que estavam ansiosos para ouvir músicas longas. Eles decidiram, então, criar novas partes para a música, pra que ela resultasse em mais ou menos 10 minutos. O resultado da música foi diretamente relacionado aos conselhos dos fãs. Epica agradece :)
Hoje em dia, a maioria das pessoas só se preocupam com elas mesmas, não são solidárias quanto à natureza e quanto às outras pessoas. O principal pra elas é a economia estar em alta, não percebem que há mais que isso na vida. A mudança desse tipo de pensamento precisa vir logo, ou o futuro que nos espera não será nada próspero.