quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Entrevista - Isaac e Mark


Felix: Olá, todo mundo, aqui é Felix da Nuclear Blast! No Summer Breeze Festival, nós fizemos algumas entrevistas de fãs, e aqui está uma das últimas que temos para mostrar a vocês. Essa é com o EPICA. 

Philipp: Então, aqui estamos novamente, nos backstages do Summer Breeze 2012 e aqui temos Isaac e Mark, do Epica. Olá, caras. Muito obrigado por darem seu tempo a esse entrevitsa. Nós os perguntaremos as suas perguntas, que vocês postaram na nossa página do facebook.
1. "Como foi feito o processo de decisão de acrescentar solos de guitarra ao Design Your Universe, quando eles não existiam antes? Isso foi por decisão do Isaac ou um outro motivo?" Quem quer responder a essa?

Isaac: Eu acho que é minha culpa. Não, foi algo que veio naturalmente, porque quando eu entrei no Epica, nós obviamente tivemos a oportunidade de acrescentar solos. Então o fizemos quando quer que a música pedisse por isso, e é o que continuamos fazendo. Não é que eu necessariamente precise tocar solos, mas onde estiver um bom espaço pra isso, nós tentamos. Se isso aumentar a qualidade da música, nós o deixamos lá.

Philipp: 2. " Você pode explicar um pouco mais a ideia toda de Design Your Universe e Requiem for the Indifferent? Eles estão correlacionados? E eles têm algo a ver com a doutrina espírita ou a física quântica?"

Isaac: Eu acho que pra detalhes você deve perguntar ao Mark, mas penso que eles estão correlacionados, porque ambos os títulos têm a ver com o fato de que se você quer algo e se quer ir atrás disso, se você tem as verdadeiras razões para fazer algo, deve-se colocar sua energia nisso. E então você vai atrás disso, você vai alcançar o que quer. Se você realmente quer alguma coisa, se quer agir contra as grandes máquinas, como os políticos, as corporações, toda a política e o pequeno grupo de pessoas gananciosas que detêm todo o poder e dinheiro, se você começar a se rebelar contra essas pessoas, no fim você pode conseguir algo grandioso, como a primavera árabe ou coisas do tipo. E sobre física quântica, esse é o departamento dele.

Mark: Na escala da física quântica, literalmente, tudo é uma coisa só, é relacionado. E isso você pode transferir para a humanidade: nós todos somos um, não somos seres humanos separados, mas temos que trabalhar juntos. Não é algo que possamos fazer por nós mesmos, só fazendo nossas coisas e nem ligando para as outras pessoas. Então, isso é o que eles têm em comum. Além disso, Requiem for the Indifferent trata dos indiferentes, que não querem ouvir sobre essas coisas, eles trilham seu próprio caminho, sabem que vão para um caminho sem saída se continuarem assim, destruindo a Terra. E eles se mantêm ignorantes, continuam evitando as dificuldades. E eu acho que há algo que possamos fazer; nós precisamos uns dos outros, precisamos para reconstruir esse mundo, se não, ele vai acabar. Porque, é óbvio, nós estamos estuprando o planeta, e se faz necessário uma grande mudança pra fazer as coisas andarem de novo.

Philipp: Okay! Ah, essa aqui é boa, porque é do Alex, da Alemanha.

Isaac: Eu tenho todos os CDs dele!

Philipp: Sua pergunta é: "É importante estudar música na faculdade para fazer a carreira musical, ou é melhor estudar algo como economia, ciência da computação, e aprender música no tempo livre?"

Mark: Ele estudou música. Eu estudei psicologia, então as pessoas podem julgar que é muito necessário estudar música para subir o nível. Mas eu acho que isso definitivamente te dá uma vantagem quando você estuda música, mas penso também que dá pra fazer isso sem. Eu estou feliz por ter estudado psicologia, porque me deu oportunidade de estar ocupado com algo completamente diferente, além da música. Quando eu faço alguma coisa, eu me dedico 100% a isso e, se eu tivesse estudado música, meu dia inteiro seria somente música, música, música...

Isaac: Música foi minha primeira escolha do que fazer e eu nunca esperei acabar ganhando dinheiro exercendo a música, eu pensei que fosse acabar sendo um professor, um músico frustado, ou algo parecido. E eu sou sortudo o suficiente pra estar numa banda em atividade e ganhar meu dinheiro com isso.

Philipp: 3. "Há alguma música com significado muito especial?" Bom, há muitos álbuns com significados especiais, mas se, talvez, vocês tivessem que escolher uma ou duas músicas que vocês podem dizem que têm significados muito especiais, pessoalmente?

Mark: Todas as letras que eu escrevo têm significado pra mim, é por isso que eu as escrevi. Mas eu gosto, por exemplo, da música Cry for the Moon. Ela trata de padres que abusam de crianças, e foi escrita em um período onde mal se falava sobre o assunto, porque a Igreja deixava isso de lado pra não tocar no assunto, algumas vezes foi pago dinheiro à famílias para ficarem quietas; e hoje em dia já há grandes investigações acontecendo, finalmente algo vai ser feito a respeito. Eu estou sempre feliz de poder tocar essa música, por termos sido um dos primeiros a falar abertamente sobre isso. É claro que não um dos primeiros, muitos outros já tinham falado sobre isso antes, mas... Eu acho que a música sempre tem um papel muito importante em começar discussões.

*Brincam com a pronúncia do nome do autor da pergunta*

Philipp: A pergunta é: 4. "Vocês já pensaram em fazer um medley de O Senhor dos Anéis?"

Mark: Não.

Isaac: Não.

Philipp: Ouviu isso? 'Não'.

Isaac: E em francês, seria 'non'.

Philipp: Non.

Mark: Non, come on!

Philipp: 5. "Sua experiência em grandes shows e bares muito casas, com boa audiência e em enormes festivais, como é tocar no meio tempo para públicos muito menores?"

Mark: Eu amo... quando vamos de grandes a pequenos palcos, eu amo essa diferença. Em palcos pequenos, você tem mais intimidade, o público fica perto do palco. Pra mim, quanto mais perto do palco estiver o público, melhor! Porque eu sinto mais a energia deles assim.

Isaac: Eu acho que a questão é: se você fizer só grandes shows, fica tedioso, se fizer só shows pequenos, vai se perguntar 'cadê os shows grandes?' Então eu acho que o equilíbrio entre ambos é o melhor. Quando fazemos os festivais, no final da estação, estamos nos perguntando 'ah, eu quero os shows em clubes de novo', então quando fazemos um ano de shows em clubes, pensamos 'cadê os festivais de verão??' Então é sempre assim, porque a grama é sempre mais verde do outro lado, você sempre está ansioso pra fazer algo diferente. Por isso é bom ter todo ano esse equilíbrio de diferentes shows.

Philipp: Agora uma pergunta final... você tem a honra de pronunciar o nome?

Mark: *brinca com a pronúncia* 6. "Vocês já tentaram gravar um cover do Slayer?" YAY!

Isaac: Nós tentamos mas... Não, nosso baterista sempre faz os covers do Slayer. Por conta própria.

Mark: Ele espera que nós nos juntemos, mas eu não conheço nenhuma música do Slayer.

Isaac: A última pergunta.

Philipp: Essa é a última pergunta e você vai pronunciar esse nome.

*brincam com a pronúncia*

Philipp: Adivinhando, eu acho que é do Senegal. Talvez, talvez... Hm... 7. "Por que sua banda se chama assim (Epica)? Como vocês tiveram a ideia? O que ela expressa pra vocês? O nome mudou com o tempo ou foi o mesmo desde o começo?"

Mark: Epica significa um lugar no universo onde se pode encontrar todas as respostas para as perguntas da vida. É uma questão filosófica, porque, onde está esse lugar no universo? Algumas pessoas dizem que está distante, algumas pessoas dizem que pode ser encontrado dentro de cada ser humano. Nós pegamos esse nome quando estávamos no estúdio; nos chamávamos Sahara Dust, mas não gostávamos desse nome; e o Kamelot estava gravando um álbum chamado Epica, e nós vimos a capa do CD no estúdio. Pensamos 'Epica?! É um nome muito legal!'

Philipp: Então, muito obrigado por essa entrevista! Algumas últimas palavras para os nossos visualizadores?

Mark: Facebook é uma merda!

Philipp: Ouviu? E você?

Isaac: Obrigado pelas perguntas... pelo facebook. Facebook comanda!

Philipp: Agora você decide quem está certo ou errado.

Isaac: Eu estou esquerdo, ele está direito.

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